Alimentação na gravidez: tudo o que deve saber

Atualizado a 17 outubro 2017

Primeiros 3 meses não exigem mais energia

A gravidez: 40 semanas de gestação que requerem cuidados especiais com a qualidade dos alimentos e com a menor ou maior ingestão calórica.

Segundo a Associação Portuguesa de Nutrição, nos primeiros 3 meses, não existe necessidade de mais energia. No segundo trimestre, além das 2000 calorias diárias recomendadas, é preciso um acréscimo de cerca de 330 calorias, que sobe para 452 calorias no terceiro.

Descubra que cuidados deve ter com a alimentação na gravidez para garantir a sua saúde e a do bebé.

Alimentação na gravidez: não corra riscos

Um estudo da John Hopkins University, nos Estados Unidos, descreve os cuidados de higiene obrigatórios para evitar os casos de toxicidade na gravidez. Lavar bem alimentos crus, como as frutas e os vegetais, previne o risco de toxoplasmose, listeriose ou outras infeções.

Estas bactérias podem atravessar a placenta e contaminar o bebé. Também é recomendado o aumento do tempo de cozedura de carnes, peixes e mariscos para evitar o risco de intoxicação alimentar.

Se é fumadora ou consome álcool, pare de imediato. O American Congress of Obstetricians and Gynecologist avisa: fumar e beber aumentam o risco de aborto, nascimento precoce, morte súbita no lactente, danos cerebrais e deformações físicas do feto.

A importância das proteínas

Embora nos primeiros meses não seja necessário reforçar as calorias ingeridas, durante a gravidez o organismo necessita de mais proteínas. Estes nutrientes ajudam na formação da placenta, crescimento dos tecidos uterinos e desenvolvimento do bebé.

A Associação Portuguesa de Nutrição recomenda o consumo de ovos, carne e peixes, fontes de proteínas e minerais, como o cálcio e o ferro, também presentes nos vegetais de folha escura.

A dieta pode não garantir ácido fólico necessário ao bom desenvolvimento do tubo neural do feto.

Por isso, a Direção-Geral da Saúde (DGS) prevê a prescrição de suplementos 3 meses antes da conceção, devendo a toma prolongar-se durante o primeiro trimestre de gravidez.

Hidratos de carbono, ácidos gordos e vegetais

Durante toda a gestação, segundo a DGS, é fundamental que a alimentação seja rica em hidratos de carbono, como pão integral, batata, arroz, massa, leguminosas e aveia. São alimentos que fornecem glicose, fonte de energia cada vez mais necessária ao organismo, à medida que o bebé cresce.

Tal como indica a roda dos alimentos, os hidratos devem ser combinados com fontes de proteínas e vegetais. Para evitar o excesso de peso e risco de pressão arterial e diabetes, a Associação Portuguesa de Nutrição aconselha a comer menos quantidades de cada vez, aumentando o número de refeições diárias.

O ideal é não estar mais de 3 horas sem comer. Tome sempre o pequeno-almoço. Após 8 horas de jejum, é essencial repor a energia para evitar o risco de hipoglicemia.

Comer bem para crescer bem

Entre a 28.ª e a 40.ª semana de gravidez, o corpo do bebé e os órgãos já estão formados, mas ainda faltam as funções vitais. O pulmão é o último órgão a estar preparado para a vida.

Uma investigação da Tehran University of Medical Sciences, refere que as futuras mães que consomem diariamente peixe, azeite, frutas e legumes têm menor risco de infeção do trato respiratório superior e menor tendência para a depressão pós-parto.

Vários estudos confirmam os benefícios do consumo de ácidos gordos Ómega 3 e 6, presentes em abundância em peixes como o salmão, o atum e a sardinha, frutos secos ou cereais como as sementes de linhaça e chia, para o bom desenvolvimento cardiovascular e cerebral do feto. Para uma boa alimentação na gravidez estes nutrientes têm de estar presentes nas cerca de 40 semanas.

Dica

O aumento de peso na gravidez varia em função do peso inicial da mulher. Para manter o peso desejável, evite a ingestão excessiva de doces, prefira peru e frango às carnes gordas e opte por cereais integrais. Beba, pelo menos, 2 litros de água por dia.

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