Doenças reumáticas no inverno: cuidados a ter

Atualizado a 28 dezembro 2018

De acordo com Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), cerca de metade da população portuguesa sofre de, pelo menos, uma doença reumática. Essa acentuada prevalência faz com que essas patologias sejam o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários, assim como a principal causa de incapacidade laboral temporária e de reformas antecipadas por doença/invalidez.

Este cenário tem particular incidência no inverno, uma vez que o frio pode agravar os sintomas, daí que se recomende um maior cuidado aos portadores de doenças reumáticas nos meses mais frios. Nesse sentido, damos a conhecer estratégias e conselhos que minimizam o impacto das baixas temperaturas.

FATORES DE RISCO E SINTOMATOLOGIA

Ainda que cada patologia reumática tenha fatores de risco específicos, no seu todo existem algumas considerações gerais. Entre elas destacamos o facto de ter mais de 60 anos, sexo feminino, ter excesso de peso ou tomar regularmente alguns fármacos.

Os hábitos de vida também têm influência e sabe-se que o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas em excesso e o sedentarismo podem ser “gatilhos”.

Entre os sintomas mais comuns está a dor (ainda que seja variável de acordo com a patologia e incidência), calor, inchaço ou rigidez articular, limitação de movimentos, perda de energia, cansaço e incapacidade de realizar tarefas comuns do quotidiano.

PROCESSO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Perante um quadro semelhante de sintomas como descritos anteriormente durante mais de duas semanas, recomenda-se uma consulta ao médico assistente. Se for necessário será feito o encaminhamento para um especialista, no caso um médico reumatologista.

Chegado ao veredicto de um diagnóstico, o médico indicará o tratamento adequado, sendo que o mesmo pode ter vários objetivos e pode inclui medicação e/ou alteração de hábitos de vida, repouso, prática de exercício físico, alterações alimentares ou fisioterapia. Em situações mais particulares, pode ser mesmo necessário o recurso a uma intervenção cirúrgica.

O objetivo das terapêuticas aplicadas tem um espetro de ação variado e pode ir ao encontro do alívio das dores, diminuição da incapacidade ou prevenção de futuros episódios, principalmente nas estações frias.

INVERNO, UMA VERDADEIRA AMEAÇA

O inverno é conhecido como um dos maiores inimigos para os portadores de doenças reumáticas, sendo as temperaturas baixas uma verdadeira ameaça que implica mais queixas, especialmente nos pacientes mais idosos. O organismo destes doentes é particularmente atingido pelo frio, pois este provoca uma constrição da circulação sanguínea, assim como a contração de tecidos, tendões, músculos e articulações. Essa dinâmica é reflexo da tentativa do organismo armazenar o máximo de calor, mas pode colocar em risco o bom funcionamento articular.

Em zonas onde a temperatura corporal é menor, como pés e mãos, principalmente no caso de um mau funcionamento circulatório, a constrição provocada pelo frio vai dificultar a dinâmica vascular e potenciar ou agravar cenários de dor. Mas, além do frio, também a chuva e a neve são fatores que afetam estes doentes, pois aumentam o risco de quedas. Por outro lado, também a menor presença do Sol, e o consequente menor aporte de vitamina D, pode influenciar negativamente quem sofre destas doenças.

Partilhar nas redes sociais

Pode também ler

Ver mais artigos

O meu Seguro de Saúde está aqui

App Médis: o seu Serviço Pessoal de Saúde sempre consigo.

Doenças reumáticas no inverno: cuidados a ter

Atualize os seus dados

Atualize os seus

dados