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"Sou doente oncológico, quais as medidas a tomar perante o novo coronavírus?"

Atualizado a 13 março 2020

Celso Cunha, virologista Universidade Nova de Lisboa

O especialista em virologia Celso Cunha, diretor da Unidade de Microbiologia Médica e professor associado com agregação no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, escreveu, para a associação EVITA, a sua opinião sobre os cuidados que o doente oncológico deve ter com a nova pandemia:

<<A recente epidemia, com origem na China, provocada pelo novo coronavírus COVID-19, é causa natural de apreensão na população em geral, particularmente nos grupos mais vulneráveis em que se incluem os doentes com cancro.

Os coronavírus que habitualmente circulam todos os anos, em todo o mundo, provocam sintomatologias ligeiras como algum corrimento nasal e febre de média ou baixa intensidade. Porém, este novo coronavírus é capaz de provocar sintomatologias mais intensas e graves e, tanto quanto se sabe até agora, está associado a uma taxa de mortalidade mais elevada (cerca de 3 a 4%) quando comparado com outros vírus que infetam o trato respiratório, como o da gripe. Para além disso, em pessoas mais idosas ou vulneráveis, nos quais se incluem os doentes com cancro, estes valores parecem poder aumentar até cerca de 15%.

Atualmente, o vírus encontra-se já disseminado por quase todo o mundo tendo as autoridades de saúde portuguesas confirmado recentemente os primeiros casos em território nacional. Este facto não deve, por si só, ser motivo de alarme. Na realidade, o surgimento dos primeiros doentes em solo português era apenas uma questão de tempo e as autoridades nacionais de saúde têm preparado planos de resposta e contingência adequados, de acordo com o conhecimento científico atual e as recomendações da Organização Mundial de Saúde.

O grande desafio que agora se coloca é a identificação precoce dos indivíduos infetados com coronavírus, o seu isolamento e tratamento, e tomar medidas eficazes e pró-ativas para evitar novos contágios a partir destes doentes. É crucial quebrar as cadeias de transmissão e evitar que o vírus se estabeleça na comunidade, à semelhança do que sucede com a gripe e outros vírus respiratórios associados a patologias menos agressivas. Para termos sucesso neste objetivo, é necessário um esforço coletivo que não se restrinja apenas às autoridades de saúde, mas também a todos os membros da comunidade. Só assim poderemos aumentar as probabilidades de contenção da epidemia tanto a nível local como global. A contribuição de todos é essencial e passa sobretudo pela implementação de medidas simples de higiene frequente das mãos e das superfícies potencialmente contaminadas (sabão ou álcool a 70%), e seguir as regras de etiqueta da tosse colocando o braço em frente à boca. Informação detalhada sobre estas medidas pode ser encontrada no site da Direção Geral de Saúde.

Recorde-se que, hoje em dia, não existe nenhuma vacina capaz de prevenir o contágio nem nenhum fármaco eficaz que impeça a replicação do vírus. Embora, estejamos perante um esforço considerável da indústria e da comunidade científica em geral, não é expectável que a curto prazo um fármaco ou uma vacina estejam disponíveis a toda a população.

E no caso dos doentes com cancro, haverá medidas de prevenção acrescidas que devem ser tomadas? Devemos começar por dizer que, globalmente, as doenças infeciosas são a segunda causa de morte nos doentes com cancro. Isto deve-se sobretudo ao facto destes doentes possuírem, de modo geral, o seu sistema imune menos eficaz e, por isso, as suas defesas encontram-se substancialmente mais debilitadas.

Neste contexto, o tipo de mediadas a tomar depende do estado de saúde de cada indivíduo. Por exemplo, se está a fazer um ciclo de quimioterapia ou radioterapia, encontra-se certamente mais debilitado e o seu sistema imune provavelmente não será capaz de responder com a mesma eficácia a uma infeção. O risco de desenvolver sintomatologia grave, nomeadamente podendo resultar em pneumonia, é substancialmente mais elevado. Assim, o isolamento em casa e a diminuição de contactos com o exterior, durante esse período, poderá revelar-se aconselhável uma vez que os doentes com cancro são mais suscetíveis de contrair a infeção por COVID-19 ou outro qualquer vírus respiratório. Apesar de, em qualquer caso, deverem sempre consultar o médico que os acompanha poder-se-á dizer que os doentes com cancro que se encontrem em tratamento devem ser alvo de uma vigilância mais apertada nomeadamente tendo especial atenção a possíveis sintomas da doença sobretudo febre, tosse e dificuldades respiratórias.

Caso surjam esses sintomas, o doente não deve deslocar-se diretamente ao hospital, mas sim ligar para a linha Saúde 24 - 808 24 24 24, onde será efetuada uma primeira triagem com eventual encaminhamento para posterior validação de caso suspeito.>>

Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.

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