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Os testemunhos de quem enfrentou o cancro no auge da pandemia

Atualizado a 31 agosto 2020

"Se temos um cancro, o nosso foco deve estar na cura."

Em oncologia, de janeiro a maio de 2020, houve menos 23,5% cirurgias muito prioritárias do que no período homólogo de 2019, menos 24,3% cirurgias de prioridade normal do que em 2019, 0,5% mais consultas do que em 2019 e mais 5,2% em primeiras consultas. Estima-se que, durante os meses em que o país usou todos os recursos no combate ao novo coronavírus, tenham ficado por diagnosticar cerca de 15 mil novos casos de cancro.

Todavia, apesar dos atrasos verificados, oncologistas e profissionais de saúde ligados ao cancro tentaram, durante o período mais crítico da pandemia, reunir todos os seus esforços de forma a proporcionar o máximo de qualidade e segurança no atendimento aos seus doentes. Um esforço que nem todos sabiam ser capazes de fazer e que acabou por trazer, inevitavelmente, aprendizagens para o futuro. Veja o vídeo do oncologista Ivo Julião aqui.

Numa doença em que é comum que o diagnóstico abale a estabilidade psicológica de quem o recebe, como pode a COVID-19 ter constituído um fator de medo acrescido? Que tipo de apoio psicológico os doentes com cancro precisaram durante a pandemia e continuam a necessitar, sobretudo para conseguirem lidar com o isolamento? Eunice Dias, psicóloga do IPO do Porto explica o que está a ser feito e em que situações foi preciso intervir mais. Veja o vídeo aqui.

Hugo Mendes - Cancro de testículo - Realizou quimioterapia durante estado de emergência

Em janeiro deste ano, Hugo Mendes, de 22 anos, sentiu uma forte dor na região lombar e abdominal, depois de um jogo de basquete. Habituado ao esforço físico e às mazelas que o pós-jogo pode deixar, o jovem acabou por desvalorizar o sucedido. Mas as dores acabariam por regressar, mais fortes, cerca de um mês depois - nessa altura, dirigiu-se ao osteopata onde lhe foi feita uma ressonância que nada detetou. O mal-estar foi-se generalizando e tornou-se permanente, o que levou o jovem a visitar o seu médico de família, na esperança de que as análises sanguíneas que este o aconselharia a fazer revelassem o enigma que o atormentava.

As análises e os exames que realizou - ecografia e TAC - anunciaram, de imediato, que algo não estava bem e que o problema de Hugo Mendes estava para lá de uma mera disfunção muscular ou óssea. Já no Hospital de Vila Real, para onde foi reencaminhado e onde ficou cinco dias internado, realizou a biópsia que serviria de confirmação ao diagnóstico: cancro de testículo. “Foi um choque para mim. Lembro-me que fiquei deitado durante algum tempo, a processar a notícia que tinha recebido”, conta.

Hugo Mendes foi tratado no IPO do Porto, numa altura em que o instituto ainda se estava a adaptar às condicionantes impostas pelo novo coronavírus. “Confesso que não esperava que fosse tudo tão rápido. No meu caso, não tive que esperar, embora saiba que nem todos os doentes conseguem ser tratados com a mesma prontidão com que eu fui”, explica. De dia 3 de abril, até 2 de junho, fez 4 ciclos de quimioterapia e agora aguarda pela cirurgia onde irá remover o testículo e os tecidos mortos do tumor.

“Sempre me senti muito bem acompanhado e o meu único objetivo era tratar-me. Temos que chamar as coisas pelos nomes e desmistificar a doença. Se temos um cancro, o nosso foco deve estar na cura”, conclui Hugo Mendes.

Maria do Céu Semedo - Mieloma Múltiplo - Transplantada durante estado de emergência

Em 2018, Maria do Céu Semedo foi diagnosticada com mieloma múltiplo. Consciente de que adiar o processo poderia trazer danos irrecuperáveis, a doente partiu de imediato para o tratamento. Fez oito ciclos de quimioterapia, entre 2018 e 2019, e, em março deste ano, quando o mundo caiu num cenário eminente de medo e incerteza provocado pela pandemia, Maria do Céu recebeu a notícia de que iria, finalmente, dar o último grande passo para a cura que tanto ansiava. “Soube que ia fazer o transplante, em pleno estado de emergência.

Honestamente, não tive receio acrescido. Mentiria se dissesse que não me sinto segura no IPO do Porto onde sou, e sempre fui, muito bem seguida”, explica. O marido acompanhou-a até à entrada do edifício, onde foram feitas as despedidas. Pela frente estaria um hiato, uma ausência de proximidade física, que duraria cerca de um mês. Durante esse período - de 26 de março a 17 de abril - só viu a família por videochamada. “Não me custou, eu sabia que era um mal necessário”, confessa Maria do Céu.

Hoje, já em casa, a cumprir com todos os cuidados que lhe são impostos devido à sua condição e aos tempos que vivemos, tem a certeza de que tomou a decisão certa. “Sei que se não tivesse feito o transplante o desfecho teria sido outro. Peço aos doentes que não tenham medo, os profissionais e as instituições sabem o que fazem”.

Apesar dos casos de sucesso, os especialistas sabem que a COVID-19 afetou gravemente um setor que, mesmo antes da pandemia, já não funcionava na perfeição. O foco está agora na retoma e na recuperação de rastreios, exames de diagnóstico, diminuição das listas de espera para cirurgias e, sobretudo, garantir que os direitos dos doentes com cancro são respeitados e que ninguém fica de fora no acesso à Saúde.

Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.

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