novas estratégias terapêuticas
Esta descoberta poderá contribuir para melhor entender a complexidade das moléculas envolvidas no cancro, de forma a que o carcinoma se torne menos agressivo.
Na sua investigação, a equipa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto (i3S) e do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) descobriu quais são os sinais emitidos no ambiente tumoral responsável pela capacidade migratória das células cancerígenas que dão origem às metástases, a principal causa de mortalidade dos doentes oncológicos.
A capacidade migratória das células depende de um processo em que as células cancerígenas perdem a capacidade de se ligar a outras, tornando-se independentes e adquirindo então capacidade para migrar. Contudo, este processo raramente é concluído, as células híbridas apresentam resistências aos tratamentos de quimioterapia, podendo formar novos tumores.
Este estudo possibilitou a descoberta das moléculas e dos sinais existentes no ambiente celular que dão instruções às células cancerígenas para invadir o corpo, sinais esses que podem ser usados para matar células cancerígenas híbridas e impedir a formação de novos tumores, tornando-se alvos para novas estratégias terapêuticas.
Estes são os objetivos da pesquisa desenvolvida pelas equipas de cientistas lideradas por Florence Janody, do i3S, e por Claudine Chaouiya, do IGC. Os investigadores criaram uma célula computacional virtual, com várias moléculas interagindo umas com as outras, criando um modelo que fornece previsões que foram depois testadas em células humanas.
Estas experiências abrem a possibilidade de novos caminhos para evitar as metástases e a formação de novos tumores, segundo os investigadores.
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