ASCO Annual Meeting - Virtual
Devido à pandemia atual, causada pela Covid-19 e que atinge todo o globo, a edição deste ano da ASCO Annual Meeting - o maior evento de oncologia do mundo - que ocorre normalmente em Chigaco, nos EUA, realizou-se num formato totalmente digital, pela primeira vez, com o nome de ASCO´20 Virtual.
Durante três dias consecutivos, especialistas de todo o mundo apresentaram o estado da arte de tratamentos, terapêuticas e procedimentos em todos os ramos da oncologia. A ASCO disponibiliza alguns dos conteúdos discutidos ao longo do congresso, nomeadamente abstracts orais, simpósios e posters. Algumas sessões foram transmitidas em direto e estão disponíveis aqui.
Participação portuguesa na ASCO´20 Virtual
Fátima Cardoso, diretora da Unidade da Mama do Centro Clínico da Fundação Champalimaud apresentou oralmente o estudo intitulado “MINDACT: Long-term results of the large prospective trial testing the 70-gene signature MammaPrint as guidance for adjuvant chemotherapy in breast cancer patients”. O estudo mostrou, com clareza, a utilidade clínica do MammaPrint (teste genómico) na orientação do uso de quimioterapia adjuvante, incluindo 6693 doentes, 111 centros, em 10 países da Europa. Veja a apresentação na íntegra aqui.
Alberto Alves, fisiologista do exercício e docente universitário no ISMAI e CIDESD, apresentou na ASCO um abstract desenvolvido por uma equipa de profissionais de saúde pertencente ao programa que estuda os benefícios do exercício físico no doente oncológico designado por OncoMove. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia de um programa de exercícios supervisionados, com base na comunidade de baixo custo, em sobreviventes precoces de cancro de mama após o tratamento primário. Dos 82 participantes, 25 completaram o programa e as avaliações. A idade média foi de 58 anos (39-73), 64% foram submetidos a mastectomia, 48% tiveram dissecção de linfonodos axilares, 80% foram tratados com radioterapia, 80% com quimioterapia e 84% com hormonoterapia. “Effects of community-based supervised exercise in the quality of life, physical fitness, and functioning of breast cancer survivors” é o título do estudo e os detalhes do trabalho podem ser encontrados aqui.
“Metastatic lymph node ratio as better prognostic tool than TNM system in colorectal cancer” foi o trabalho apresentado por Filipa Macedo, interna no Instituto Português de Oncologia de Coimbra, desenvolvido em parceria com Hospital de Braga e a Universidade do Minho. No estudo, foram recolhidos dados de 1065 doentes com cancro colorretal que fizeram cirurgias no Hospital de Braga. O objetivo foi verificar/comprovar que o rácio implementado seria a melhor ferramenta na parte do prognóstico deste tipo de cancro. Aceda ao abstract completo aqui.
A iniciativa contou, ainda, com a contribuição dos seguintes especialistas nacionais: Inês Pires da Silva, do Melanoma Institute Australia, Fátima Vaz, do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Inês Maria Guerreiro, do Instituto Português de Oncologia do Porto, Joana Cristo Santos do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Pedro C. Barata, da Cleveland Clinic.
Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.
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