Nuno Bonito, médico no IPO de Coimbra
Os médicos estão particularmente interessados em “perceber as particularidades do doente oncológico, compreender a escalada terapêutica atual e o consequente aumento de infeções associadas, com necessidade de reconhecimento e referenciação precoces”, esclarece Nuno Bonito, médico no IPO de Coimbra e membro da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO). Entre os principais riscos que se colocam aos doentes quanto às suas defesas, conta-se a “imunossupressão conferida quer pela doença quer pelos tratamentos.”
O combate às infeções hospitalares torna-se, por isso, essencial. Segundo Nuno Bonito, “as infeções hospitalares agravam a incapacidade funcional e o stress emocional do doente e podem, em alguns casos, levar a situações que diminuem a qualidade de vida.” O médico nota que “as infeções nosocomiais são ainda uma das principais causas de morte”, adiantando que os “custos económicos a elas associados são consideráveis sendo o prolongamento do internamento o que mais contribui para estes custos.” E adverte: “É necessário termos presente que existe um aumento do número de internamentos, cada vez mais alterações frequentes da imunidade (idade, doenças, terapêuticas) e novos microorganismos com maior padrão de resistência bacteriana aos antibióticos.”
A prevenção desempenha assim um papel prioritário. É preciso “fornecer recomendações racionais e exequíveis mesmo nas instituições com recursos limitados”, considera Nuno Bonito. “A informação poderá auxiliar os profissionais de saúde e outros profissionais prestadores de cuidados, no desenvolvimento inicial de um programa eficaz de controlo de infeção", conclui.
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