5% dos casos relacionados com exposição a trihalometanos
Segundo os investigadores, 6561 dos casos de cancro da bexiga que surgem por ano na Europa (5% do total) estão relacionados com a exposição a trihalometanos (THM), subprodutos generalizados da desinfeção (DBPs) na água potável.
O estudo do Instituto de Saúde Pública de Barcelona nota que esta situação “poderia ser potencialmente evitada pela otimização das práticas de tratamento, desinfeção e distribuição de água, entre outras medidas possíveis.”
Os investigadores observaram que os “atuais níveis médios de THMs na água potável em todos os países da UE estavam abaixo dos limites regulatórios europeus, embora os níveis máximos tenham excedido em nove países.”
Tendo em conta os resultados, referem que “as exposições atuais à THM na União Europeia podem levar a um número considerável de casos de cancro de bexiga que podem ser evitados pela otimização do tratamento, desinfeção e distribuição da água, entre outras medidas, sem comprometer a qualidade microbiológica dos água potável.” E recomendam: Os principais esforços na redução dos níveis de THM devem ser feitos em países com a maior proporção de excedência e os mais altos níveis médios de THM.”
A União Europeia impõe que a concentração de THM na água não ultrapasse os 100 microgramas por litro. Apesar de a média anual de THM na água da torneira, em Portugal, se situar nos 23,8 microgramas por litro, existem mais de 9% de casos que podem ser relacionados com a exposição aos produtos desinfetantes.
À frente estão países como o Chipre (23%), Malta (17%) e Irlanda (17%) , onde existe maior relação entre estes dois fatores. No outro extremo encontra-se a Dinamarca com 0% e a Holanda com 0,1%.
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