população idosa é quem mais precisa
Cerca de 102 mil doentes adultos e cerca de 8 mil em idade pediátrica necessitaram de cuidados paliativos no ano de 2018. Estima-se que no ano de 2018, a população portuguesa com necessidade de cuidados paliativos, com 18 ou mais anos, foi de 102,452 pessoas, variando entre as 1,083 pessoas em Portalegre (distrito com menor número de residentes nesta faixa etária) e as 22,079 em Lisboa (distrito com maior número de residentes desta faixa etária). Em idade pediátrica, com necessidade de cuidados paliativos, o número foi de 7,828 crianças/jovens, variando entre 69 em Portalegre e as 1,943 em Lisboa.
“Quanto à fase etária dos doentes admitidos, foi-nos indicado, por 57 das 101 equipas (56.4%) um total de adultos de 25,570 (99.6%) em oposição a 90 doentes pediátricos admitidos (0.4%).Como nos doentes, em geral também, o maior número de doentes adultos admitidos foi registado em Lisboa (4,325; 16.9%) enquanto o dos pediátricos aconteceu em Coimbra (67; 74.4%)”, pode ler-se no documento.
O relatório confirma que a população idosa é quem mais precisa de estes cuidados. Há, de facto, maior concentração nas faixas etárias dos 65 aos 89 anos, assim como maior proporção de homens, comparativamente às mulheres, com exceção para as Equipas Comunitárias de Suporte de Cuidados Paliativos (ECSCP) onde se regista um pico de mulheres nas faixas etárias dos 80 aos 89 anos.
80% dos doentes admitidos tinha cancro
Em relação aos doentes adultos admitidos em 2018, 80% eram doentes oncológicos. Verificam-se 10,101 adultos com doença oncológica (80.7%), 2,104 (16.8%) com doença não oncológica e 314 (2.5%) admitidos com doença mista. A maior proporção de doentes admitidos com doença oncológica observa-se em Faro (97.8%) e a menor em Braga (46.5%).
No entanto, relativamente aos doentes em idade pediátrica admitidos em 2018 (85), por tipologia de doença e distrito verificam-se 76 com doença não oncológica (89.4%), 7 (8.2%) com doença oncológica e 2 (2.4%) admitidos com doença mista. Ou seja, 90% das crianças admitidas em cuidados paliativos não tinha cancro. A maior proporção de crianças admitidos com doença oncológica observa-se em Lisboa (33.3%) e a menor em Coimbra (4.5%).
“Contrariamente ao preconizado e até aos dados internacionais, em que a maioria dos doentes com necessidades paliativos, tem como base uma doença não oncológica, os dados deste estudo mostram que 80% dos doentes adultos admitidos a estes cuidados têm como base uma doença oncológica. Por sua vez estes valores invertem-se na população pediátrica em que quase 90% apresentam patologia não oncológica”, refere o relatório.
Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.
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