A que sintomas devemos estar atentos?

A doença renal crónica é considerada atualmente um problema de saúde pública a nível mundial. É uma doença silenciosa, já que na maioria dos casos os sintomas só aparecem numa fase avançada. A ausência de sintomas no início da doença faz com que as pessoas desvalorizem ou ignorem os cuidados a ter. 

Os sintomas associados podem ser: urinar com frequência, presença de sangue na urina, ardor ou dificuldade em urinar, inchaço nos olhos, mãos e/ou pés, pele pálida (cor de palha), prurido, dificuldade em respirar, dor na região lombar, tensão arterial elevada, fadiga, fraqueza, gastrite com perda do apetite, náuseas, vómitos, hálito urémico (hálito com cheiro característico de urina), insónia e irritabilidade.

Como se trata a doença renal crónica?

O tratamento da doença depende da fase em que ela se encontra e baseia-se em três pilares de apoio: diagnóstico precoce através de exames analíticos (é importante a realização de exames regulares para que se obtenha um diagnóstico precoce), referenciação oportuna à especialidade de nefrologia e implementação de medidas para prevenir a progressão da doença e preservar a função renal residual.  

Além do tratamento etiológico, o tratamento da insuficiência renal deve ser centrado no estabelecimento de dieta hipoproteíca e uso de medicamentos. O objetivo é retardar ou interromper o declínio da função renal. Nas situações em que este objetivo não seja conseguido, é importante preparar atempadamente o recurso a diálise ou transplante renal. 

Nefrologia

A nefrologia é a especialidade médica que se dedica ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças que afetam o funcionamento dos rins. 

Quais as causas e como se previne a doença renal crónica? 

Na origem da doença renal existem fatores de risco não controláveis (idade, sexo, raça, incidência familiar), mas também outros fatores ou doenças que podem ser controlados, prevenindo desta forma ou atrasando significativamente a incidência da lesão renal. 

A insuficiência dos rins pode ser motivada por várias doenças: hipertensão arterial, diabetes, glomerulonefrite crónica, obstrução por litíase (pedra) ou prostática, infeções urinárias de repetição, doenças hereditárias. Pode dever-se também a abuso de alguns tipos de medicamentos.  

As duas causas mais frequentes são a diabetes e a hipertensão arterial, pelo que a prevenção da progressão da doença renal exige o controlo rigoroso destes fatores de risco.  

Existem ainda as seguintes possibilidades de intervenção preventiva: utilização de medicamentos nefro e cardio protetores; ingestão proteica e salina adequadas; controlo da obesidade, hiperuricemia, dislipidémia, distúrbios iónicos, anemia, doença mineral óssea e acidose; abstenção de drogas nefrotóxicas, tabaco e álcool; implementação de estilos de vida saudáveis; promoção da saúde oral; e exercício físico de manutenção.