A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infeção dos órgãos reprodutores femininos. Ocorre quando bactérias transmitidas por via sexual passam da vagina para o útero, trompas e ovário. Atinge sobretudo mulheres sexualmente ativas com menos de 25 anos.
A que sintomas devemos estar atentos?
Os sinais e sintomas associados à DIP podem ser moderados e difíceis de identificar. Quando existente, a sintomatologia mais frequente inclui álgias pélvicas (dor persistente) de intensidade variável, corrimento vaginal com mau cheiro, hemorragia vaginal durante ou após as relações sexuais, perda de sangue por via vaginal no intervalo das menstruações, dor durante as relações, febre e queixas urinárias, como micção frequente. Podem verificar-se também náuseas, vómitos e dor lombar.
Como se trata a doença inflamatória pélvica?
Um diagnóstico atempado é fundamental para garantir o início precoce do tratamento da DIP e assim reduzir o risco de sequelas graves da doença, nomeadamente infertilidade.
A abordagem terapêutica da DIP engloba a administração de vários antibióticos de largo espetro, por via oral ou endovenosa, e de medicação anti-inflamatória. Em situações específicas, nomeadamente em caso de gravidez, abcesso pélvico ou necessidade de intervenção cirúrgica, pode estar indicado o internamento hospitalar.
Existe também indicação para tratar o parceiro sexual com antibióticos de largo espetro.
Ginecologia-Obstetrícia
A ginecologia-obstetrícia é uma especialidade médico-cirúrgica que engloba duas importantes áreas da saúde da mulher. A ginecologia está centrada na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças benignas e malignas do aparelho reprodutor feminino. Já a obstetrícia garante o acompanhamento da mulher durante a gravidez, tendo como objetivo um parto bem-sucedido.
Limite de caracteres minimo de 0 e máximo de 64
São várias as bactérias que podem ter um trajeto ascendente da vagina até aos órgãos reprodutores femininos e causarem doença inflamatória pélvica. As bactérias Neisseria gonorrhoea e a Chlamydia trachomatis são as mais comuns e são geralmente transmitidas por via sexual. Outras bactérias que comprometem a flora vaginal podem também estar na origem de DIP. Mais raramente, está associada a determinados procedimentos médicos ou cirúrgicos que implicam a instrumentação uterina, nomeadamente o parto, a introdução de um dispositivo intrauterino para contraceção e a realização de curetagem uterina após aborto (procedimento através do qual se retira o material placentário).
Para reduzir o risco de DIP, a utilização de preservativo é fundamental, sobretudo num contexto de novos relacionamentos. A maioria dos métodos contracetivos não protege contra as infeções sexualmente transmissíveis, pelo que o uso concomitante do preservativo é muito importante em determinadas situações. O rastreio regular das infeções sexualmente transmissíveis contribui também para a prevenção da DIP, permitindo o diagnóstico e o tratamento precoce deste tipo de patologia.
Este conteúdo foi preparado e validado com a colaboração de:
Especialidade
Ginecologia
Assistente Hospitalar Graduada de Ginecologia-Obstetrícia no Hospital da Luz
Manter-se informado é fundamental. Aceda aos conteúdos clínicos que preparámos para esclarecer as suas dúvidas.
App Médis: o seu Serviço Pessoal de Saúde sempre consigo.