O stress está em todo o lado. No entanto, segundo psicólogos da Penn State e Columbia University a forma como reagimos ao stress tem mais impacto na saúde do que a sua frequência. Neste estudo, que envolveu 909 participantes, a equipa analisou como as pequenas frustrações do dia a dia podem afetar a saúde. Após compararem as respostas obtidas ao longo de oito dias e os resultados de eletrocardiogramas, os investigadores concluíram que não era a quantidade de situações de stress que determinava o risco de problemas de saúde, nomeadamente de doença cardíaca, mas a perceção que a pessoa tinha do sucedido e as emoções negativas associadas.
OUVIR MÚSICA
O som da música tem a capacidade de tranquilizar o organismo. É um fenómeno já documentado, por exemplo, estudos realizados em contexto cirúrgico revelaram que as pessoas que ouviam música antes, durante e pós operação apresentavam níveis de stress e de tensão arterial mais reduzidos do que o grupo de controlo.
Conselho Componha uma playlist das suas músicas favoritas, que lhe transmitam energia ou boas recordações e use-a sempre que necessário, seja no carro ou no trabalho (com uns bons auscultadores).
RESPIRAR
A respiração profunda acompanha o ritmo do organismo e favorece o relaxamento, graças à oxigenação dos órgãos. Para os especialistas de Harvard estes mini-relaxamentos podem ajudar a lidar com situações de stress. Tome como exemplo este exercício de um minuto:
- Coloque a mão sobre o umbigo para sentir o movimento ascendente/ descendente da barriga enquanto respira.
- Inspire. Sustenha a respiração e conte até três.
- Expire. Faça uma nova pausa para contar até três.
- Continue a respirar profundamente, durante um minuto, fazendo sempre as pausas para contar até três.
Conselho Inspire pelo nariz e expire pela boca. Ao inspirar, a mão que tem sobre o abdómen, vai subir. É sinal de que está respirar profundamente e a fazer o uso total dos pulmões.
TREINAR A MENTE
Meditação e Mindfluness – ter consciência plena do seu corpo e concentrar o pensamento, por exemplo, no ato de respirar – conseguem contrariar a ansiedade e o stress. Estudos recentes comprovaram que estas práticas atenuam a perceção da dor, ao ativarem zonas do cérebro responsáveis pela avaliação da dor.
Conselho A meditação requer prática e, idealmente, acompanhamento no início, mas pode tentar em casa. Escolha um local tranquilo e siga os passos deste exercício de meditação.
DESCONTRAIR OS MÚSCULOS
Alternar a tensão e o relaxamento em zonas específicas do corpo permite alivar o stresse acumulado nos músculos. Para tal comece por contrair um grupo muscular específico - face, mãos, ombros, pescoço, braços, abdómen, nádegas, coxas, entre outros. Faça este esquema:
- Inspire e mantenha o músculo tenso por quatro a dez segundos.
- Expire e relaxe imediatamente o músculo (não o descontraia gradualmente).
- Descanse durante dez a 20 segundos. Repita o exercício para cada grupo muscular.
Conselho No final do exercício, é normal sentir-se um pouco sonolenta. Comece por mexer os dedos, mãos e pés e faça alguns alongamentos.
YOGA
Algumas das posições de Yoga mais conhecidas têm um poderoso efeito anti-stress, ao promover o relaxamento muscular em zonas críticas como as costas e o pescoço. A respiração e o ritmo a que cada movimento é realizado também contribuem para aliviar a pressão. A posição do gato, a da criança ou a saudação ao sol, são exemplos simples que pode experimentar em casa.
Conselho Todas as manhãs, ao acordar, dedique alguns minutos ao yoga. Sentirá o corpo relaxado e revigorado. Para aprender as técnicas básicas de Yoga com acompanhamento, frequente uma aula.
Aproveite as férias para fazer atividades relaxantes- massagem corporal, banho de espuma, jacuzzi – ou para recarregar baterias com uma boa noite de sono ou sesta a meio da tarde. Sentir-se-á relaxada e revigorada.