2017.07.05

Como proteger a sua pele do inimigo nº1: o Sol

 

O verão convida a viver mais ao ar livre, com todos os benefícios e perigos que o sol envolve. Se é certo que, quando moderada, a exposição solar estimula a produção de vitamina D, essencial à saúde óssea, e das hormonas do bem-estar, é importante lembrar que as temperaturas elevadas podem ser nefastas, se não adotar os devidos cuidados. A exposição solar excessiva é a principal causa de cancro da pele. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Harvard, em 2014, concluiu que das 100 mil mulheres inquiridas, as que tiveram, pelo menos, cinco queimaduras solares entre os 15 e os 20 anos apresentam um risco muito elevado de desenvolver melanoma.

Respeite as horas O primeiro aliado da sua saúde cutânea é o relógio. Convém não esquecer que aplicar um creme com proteção solar elevada não evita queimaduras solares, se insistir em permanecer ao sol entre as 12 e as 16h. É neste horário que o Sol se transforma num perigoso inimigo. As queimaduras solares aparecem três a cinco horas depois da exposição solar e têm como principal sintomatologia a vermelhidão cutânea, acompanhadas de dor e, numa fase posterior, escamação da pele.

Conselho: Evite a exposição quando o Sol se encontra a pique e a sua sombra é mais pequena que o corpo. Reduz o risco de cancro cutâneo e de fotoenvelhecimento.

Equipe-se à altura Aproveitar o ar livre à sombra, sobretudo nas horas de maior calor, é um cuidado importante para evitar insolações, queimaduras ou as posteriores manchas cutâneas. Outro dos fatores essenciais para uma pele protegida é, segundo os especialistas, a roupa. Apesar da tendência para usar calções ou vestidos de alças, em vez de calças, t-shirts ou manga comprida, a Skin Cancer Foundation aconselha a cobrir grande parte do corpo. Usar um chapéu com aba (que proteja o pescoço e orelhas) e óculos de sol é essencial.

Conselho: Prefira roupa com malha densa que limite a passagem dos raios ultravioleta. As cores escuras são uma boa opção, recomenda a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Use o creme certo Nos supermercados e farmácias a oferta é vasta e muitas vezes surge a dúvida: que protetor solar escolher? Independentemente da marca, é importante assegurar-se de que protege dos raios UVA e UVB. Deve ser adequado ao tipo de pele - oleosa, mista ou sensível - e ao fototipo, contudo, não deve ser inferior a 30, alerta a Sociedade Portuguesa de Dermatologia. A maioria dos produtos disponíveis tem uma composição mista, ou seja, física e química, conseguindo filtrar, absorver ou refletir os raios.

Conselho: Se tem pele oleosa ou mista, experimente protetores fluidos ou em gel. Na pele seca, o creme reforça a ação hidratante, e para os homens o spray é fácil de usar (evite o contacto com o rosto). Seja qual for textura, use em todo o corpo e renove a aplicação a cada duas horas ou após o banho de mar.

Duplique os cuidados Mais frágeis, as crianças exigem uma atenção reforçada. De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, uma queimadura solar na infância duplica o risco de vir a desenvolver cancro da pele. Como a pele é muito delicada, o bebé não deve ser exposto diretamente ao sol no primeiro ano de vida. Em crianças entre os seis meses e os dois anos, a OMS aconselha a optar por protetores físicos ou minerais, mais resistentes à água e que funcionam como barreiras à superfície, uma vez que não penetram na pele.

Conselho: As mulheres, durante a gravidez, devem redobrar os cuidados uma vez que estão mais suscetíveis ao aparecimento de manchas cutâneas.

Consulte um médico A exposição solar excessiva ou sem precauções pode traduzir-se em queimadura: a pele apresenta-se vermelha, quente e dolorosa. Pode ainda verificar-se febre, bolhas na pele ou dor intensa nas zonas atingidas, alerta a Direção Geral da Saúde. Nestas situações, deve, segundo esta entidade, evitar nova exposição solar e aplicar compressas de água fria. Rebentar as bolhas, aplicar álcool, manteiga ou óleos gordos é desaconselhado. Existem ainda os golpes de calor, em que a temperatura corporal sobe acima do normal colocando a pessoa em risco de lesões graves até de morte. Segundo a DGS, os sintomas são febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produção de suor, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náuseas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência. Dada a gravidade é importante chamar de imediato o médico ou ligar para o 112, e manter a pessoa num lugar fresco, com toalhas húmidas.

Conselho: Em caso de febre alta, mal-estar intenso ou infeção das erupções cutâneas, procure um médico. Consulte um dermatologista, sempre que detetar alterações no aspeto ou textura da sua pele ou sinais.

No verão é importante estar alerta. Aumentar o fator de proteção solar, ingerir dois litros de água por dia, consumir refeições leves, usar chapéu e roupa são gestos simples que reforçam o seu escudo de proteção.


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