Tudo começa com a interrupção no fluxo sanguíneo que impede o oxigénio de chegar ao coração, colocando-o em risco de vida. O enfarte ou ataque cardíaco manifesta-se de várias formas: dor ou aperto no peito, que pode irradiar para o braço ou costas, respiração e batimentos cardíacos irregulares, tonturas ou fraqueza. É um problema grave que deve ser tratado com urgência (ligue o 112). Aqui tem seis passos que podem ajudar a prevenir um ataque cardíaco. Comece já.
1. Vigie o peso Mais de metade das mulheres portuguesas e 76% dos homens tem obesidade abdominal, revela Inquérito Nacional promovido pelo Instituto Ricardo Jorge e que envolveu 4911 participantes do continente e ilhas. Segundo os especialistas, o perímetro abdominal é indicador-chave para a saúde cardiovascular: deve ser inferior a 94cm (homem) e a 80cm (mulher). Estima-se que valores superiores aumentam a probabilidade de enfarte. Sem os quilos extra o organismo funciona melhor – coração, pulmões, articulações – e a tensão arterial diminui. Vigie o peso semanalmente em jejum e siga uma alimentação amiga do coração.
2. Reduza o açúcar O organismo transforma o açúcar (glicose) da dieta em energia, mas em excesso este acumula-se no sangue, aumentando o risco de diabetes mellitus e o risco cardiovascular em geral. Os hidratos de carbono ou a fruta contêm naturalmente açúcares, o maior perigo está nos alimentos processados, refrigerantes e doces. Segundo a Organização Mundial da Saúde o consumo diário de açúcar não deve exceder os 50 gramas por adulto e basta um copo de refrigerante para atingir metade do valor diário.
3. Mexa-se Ser fisicamente ativo é essencial, já que reduz a tensão arterial e melhora os níveis de colesterol. A OMS recomenda 150 minutos de exercício por semana. Há vários tipos de treino bom para o coração, como a natação ou a bicicleta, mas uma caminhada diária de 30 minutos já traz benefícios.
4. Controle os números Há sinais de alarme que não se sentem e a hipertensão é um deles. A hipertensão é um dos principais fatores de risco de doença cardíaca. Como é assintomática, a única forma de a detetar é a medição. Os níveis de gordura no sangue (colesterol, triglicéridos) ou a glicemia são outros indicadores importantes, que deve avaliar periodicamente. Fale com o seu médico.
Apague o cigarro Fumar aumenta o risco de ataque cardíaco, a basta entre a quatro cigarros por dia para afetar saúde, revela estudo publicado no British Medical Journal. Para além de potenciar a inflamação no organismo, o cigarro limita a oxigenação do coração, contribui para a hipertensão e danifica as células dos vasos e artérias. Ao deixar de fumar os benefícios para a saúde são rapidamente percetíveis. Ao fim de 15 anos sem tabagismo o risco cardiovascular iguala o do não fumador, do mesmo sexo e idade, refere a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
Relaxe e conviva mais A ansiedade liberta hormonas que sobem a tensão arterial e está provado que a depressão aumenta o risco de doenças. Fazer meditação ou yoga permite minimizar o stress e a dominar técnicas de relaxamento e respiração.
Não esteja à espera de sintomas para vigiar o seu coração. A maioria dos fatores de risco, como a hipertensão arterial e colesterol alto são silenciosos. Previna-se com um estilo de vida saudável