2017.07.02

É o fim da picada! 6 medidas para as picadas de insetos

Melgas, mosquitos, moscas, pulgas, aranhas, ácaros, percevejos, formigas e, em casos mais graves, vespas e abelhas. São muitas as picadas de insetos de que somos vítimas. As espécies entomológicas portuguesas não são tão assustadoras como em alguns lugares exóticos, mas são incomodativas o suficiente para criar mal-estar sempre que somos vítimas das suas picadas. A situação merece especial cuidado se passar férias em destinos exóticos. Descubra o que atrai estas criaturas minúsculas à sua pele e saiba como as manter bem à distância.

1. Atração fatal

Há muito tempo que a ciência tenta perceber por que algumas pessoas são um alvo preferencial para os insetos. De acordo com um estudo desenvolvido pelo London School of Hygiene and Tropical Medicine, o ADN pode explicar esta atração. Os investigadores comparam gémeos idênticos e falsos e concluíram que nos primeiros a vulnerabilidade às picadas era semelhante, enquanto os gémeos não idênticos apresentavam valores diferentes. Outra pesquisa também demonstrou que a respiração e o odor corporal são poderosas pistas para os insetos: estes têm um sensor apurado que deteta o dióxido de carbono – libertado ao expirar – e que os orienta até à vítima. O objetivo será, defendem os investigadores, desenvolver substâncias que permitam bloquear estes sensores ou os sinais usados pelo mosquito de forma natural, protegendo assim a pessoa.

2. Picadas de insetos: afaste-as

É importante planear as suas atividades e os passeios ao ar livre fora dos horários em que os mosquitos são particularmente ativos, como o nascer do sol ou o pôr do sol. Recomendações do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano indicam que toda a família deve cobrir o corpo, vestindo mangas compridas e calças. Também aconselha o uso de chapéu com abas para tapar o pescoço e calçado fechado, em vez de sandálias. Deve ainda evitar cremes, desodorizantes ou perfumes, pois os odores intensos atraem os mosquitos. E, sobretudo, usar repelente de insetos.

3. Cuidado com os mosquitos exóticos

Se viaja para destinos exóticos, como alguns países em África, na América do Sul ou na Ásia, tenha atenção ao plano de vacinação. Informe-se com antecedência no Instituto de Higiene e Medicina Tropical e faça uma consulta do Viajante, onde receberá informação específica para o destino em causa. Embora os mosquitos possam atacar a qualquer hora do dia, o aedes aegypti e o aedes albopictus que provocam o Zika e a dengue também são ativos durante o dia. No caso de outras doenças, como a malária, o risco é elevado no crepúsculo (amanhecer e anoitecer) ou à noite. As redes mosquiteiros impregnadas de inseticida são indispensáveis, em algumas paragens. Nestes locais é essencial proteger-se das picadas de insetos para evitar complicações.

4. Insetos à distância

Tenha cuidado com os vasos das plantas com flores, lixo, água estagnada e em áreas exteriores onde a comida é servida. Evite acampar ou fazer piqueniques perto de lagoas e pântanos, onde os mosquitos e as moscas proliferam. Mantenha os alimentos e as bebidas tapadas quando comer ou beber fora de casa, particularmente os doces. As vespas ou abelhas também podem entrar em garrafas de bebidas abertas ou latas que está a consumir. Feche as portas e as janelas ou coloque proteções para evitar que os insetos entrem em casa. Mantenha igualmente o automóvel fechado.

5. Alergia a abelhas

Ao contrário da maior parte dos insetos que habitam o território europeu, as picadas de abelhas e de vespas podem ser um problema sério, em caso de alergia. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), na Europa, mais de 95% dos casos de alergia a insetos surgem de picadas de vespas e abelhas. Se se cruzar com exemplares destas espécies, permaneça calmo e afaste-se lentamente, sem esbracejar. Às pessoas com reações sistémicas graves, a SPAIC aconselha, após realização de um teste adequado, o tratamento de imunoterapia específica à base de vacina em ambiente hospitalar, que é eficaz contra o veneno das abelhas em 91% a 100% e entre 77% a 80%, no caso da picada de abelhas.

6. Como tratar

No caso de reação cutânea, após picada de mosquito ou outro inseto, pode surgir vermelhidão, prurido intenso e inchaço. Nestes casos, deve colocar um pano fresco ou pedra de gelo sobre a pele pode aliviar a comichão e o inchaço, tomar anti-histamínicos, bem como aplicar cremes calmantes disponíveis nas farmácias. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia os casos mais graves podem ser tratados com a aplicação de fármacos à base de corticoides com ação anti-inflamatória ou injeção intramuscular, somente após indicação médica.

 


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