2017.09.04

O seu coração tem a frequência cardíaca certa?

Palpitações, batimento cardíaco muito lento, irregular ou acelerado são alguns dos sinais de arritmia. Caracterizada pela irregularidade do ritmo cardíaco a arritmia é mais frequente a partir dos 60 anos, de acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC). É um problema sério já que compromete o bom funcionamento do coração e a irrigação sanguínea, colocando em risco outros órgãos como o cérebro ou os pulmões. Aprenda a identificar os sinais e proteja o seu coração e a sua saúde

Uma questão de ritmo

Por norma, o coração contrai-se 100 mil vezes por dia, para assegurar a circulação sanguínea que nos é vital (ver infografia: Como funciona o coração). Quando o ritmo cardíaco desce a menos de 50/60 batimentos por minuto estamos perante bradicardia. Por outro lado, se excede os 100 batimentos por minuto designa-se por taquicardia. Existem ainda outras arritmias: a fibrilhação auricular é o tipo mais frequente. Nestes casos, verifica-se um batimento das aurículas várias vezes superior ao resto do coração. Resultado: a corrente sanguínea torna-se irregular e podem formar-se coágulos sanguíneos que podem migrar até ao cérebro. É a principal causa de internamento hospitalar por perturbações do ritmo cardíaco, alerta a FPC.

Arritmia: Quem está em risco?

É nas idades mais avançadas que se registam mais arritmias, em parte devido à prevalência de doenças cardiovasculares nesta fase da vida. Por exemplo, a hipertensão, enfarte, hiper ou hipotiroidismo e as doenças das artérias coronárias são os principais fatores de risco das arritmias. Hábitos nocivos como o tabagismo, o excesso de cafeína, o consumo de bebidas alcoólicas ou drogas podem desencadear arritmias. Também o stress, a toma incorreta de medicamentos e a vida sedentária estão associados ao problema.

Sinais de alarme

A perda súbita dos sentidos (síncope) é uma das manifestações mais graves de arritmia. Existem outros sintomas a que deve estar atento:

Palpitações
. Batimento cardíaco muito rápido ou muito lento (irregular)
. Fadiga
. Vertigens, tonturas
. Transpiração irregular
. Falta de ar
. Dor no peito
. Ansiedade

Resposta da Medicina

O diagnóstico de arritmia é feito por exame médico, análise da história familiar e eletrocardiograma, que regista a atividade elétrica do coração. A realização de outros exames e análises podem ser necessárias para obter um diagnóstico mais exato e definir a abordagem terapêutica. O tratamento pode incluir a toma de fármacos para controlar os fatores de risco, tais como a hipertensão, a qual depende do tipo de arritmia, e que deve ser tratada, bem como o colesterol ou as doenças cardiovasculares associadas. Em último caso, pode ser implantado um dispositivo: o pacemaker ou o cardioversor desfribilhador implantável (CDI). O primeiro emite impulsos elétricos para ajudar o coração a manter o ritmo regular, o segundo dispositivo tem outras funcionalidades e está indicado para tratar a fibrilação ventricular. A adoção de um estilo de vida saudável – prática de exercício físico, dieta equilibrada, gestão de peso – faz parte da estratégia de tratamento.

Sabia que a fibrilhação auricular afeta entre dez e 20 por cento da população idosa e duplica o risco de mortalidade, comparativamente às pessoas com ritmo normal, alerta a FPC


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