2017.08.08

Exercício depois dos 50

Ser ativo é bom para o corpo, do coração aos ossos, passando pelos músculos e articulações. Pesquisas realizadas com idosos demonstram que quem pratica exercício tem um melhor desempenho cognitivo e menos falhas de memória. A atividade física favorece a oxigenação e o cérebro, que consome 20% do oxigénio total no organismo, beneficia deste aporte. Embora os mecanismos exatos por detrás dos benefícios ainda intriguem os investigadores num ponto são unânimes: o exercício faz bem. Se somar a isto o bem-estar físico e emocional que proporciona, tem todas as razões para praticar exercício depois dos 50 anos.

Não há limite de idade

Estudos mostram que o treino com pesos, por exemplo, pode fazer regredir a fraqueza muscular mesmo quando se chega aos 90 anos, defende a Fundação Portuguesa de Cardiologia no seu site. Antes de começar avalie a sua condição física com o seu médico, para identificar eventuais situações a considerar na escolha da atividade. Não se esqueça que praticar exercício depois dos 50 anos faz bem à sua saúde mas de forma moderada e após aconselhamento médico.

Exercício depois dos 50 – Praticar com cuidado

Como cada atividade tem os seus benefícios, o melhor é diversificar. Combinar treino cardiovascular com treino localizado e experimentar modalidades distintas é uma boa opção. O mesmo princípio se aplica à agenda semanal de treino. Introduza periodicamente exercícios diferentes e tente intercalar treino mais intenso com moderado. Para evitar lesões e dores musculares respeite os limites do corpo, avance sem pressas e faça o aquecimento muscular prévio e os alongamentos no final.

São várias as modalidades que tem à sua disposição:

1. Marcha

Caminhar é o exercício mais simples e universal de todos. Um estudo norte-americano que acompanhou, vários anos, um grupo de 1629 adultos com idades entre os 49 e os 83 anos com osteoartrite da anca, do joelho ou do pé, revelou o impacto positivo da atividade física. Quarenta e cinco minutos semanais de exercício moderado, como a marcha a passo rápido, contribuía para aumentar o ritmo de caminhada e a capacidade de executar tarefas ligeiras no dia a dia.

2. Natação, bicicleta, ténis

A atividade aeróbica permite exercitar o coração e aumentar a capacidade respiratória. Mesmo quando o impacto é reduzido, por exemplo na natação, na hidroginástica ou na bicicleta, põe todo o corpo a funcionar. Estudos recentes revelam que, além destas modalidades, também o ténis pode reduzir o risco de morte por doença cardíaca. Exercita os membros superiores e inferiores de forma vigorosa e tem picos de intensidade, ambos considerados benéficos para o coração.

3. Pilates, Ioga, Tai chi

As disciplinas orientais aliam a componente física a exercícios de respiração, postura e relaxamento. Para além da flexibilidade, melhoram o equilíbrio. Com o avançar da idade, a visão, articulações ou músculos das pernas tendem a enfraquecer o que compromete o equilíbrio. Estas modalidades ajudam a prevenir e contrariar este fenómeno, bem como o risco de quedas associado.

4. Ginástica localizada

O treino com recurso a pesos (aparelhos de ginásio, elásticos, pesos) ou usando o próprio corpo é fundamental. Não só contribui para travar a perda de massa muscular associada à idade como fortalece os ossos e reduz a pressão e dor nas articulações e costas. Segundo a American College of Sport Medicine, o treino de força e resistência deve ser praticado, no mínimo, dois dias por semana e abranger os principais grupos musculares.

Ser fisicamente ativo na idade adulta reduz o risco de sofrer fratura da anca, tanto em mulheres como em homens, segundo a Organização Mundial de Saúde.


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