Existem muitos de mitos sobre o coração que circulam nas redes sociais ou conversas de café e que podem pôr em risco a sua saúde (se as seguir claro). São conselhos ou verdades absolutas que pouco ou nada têm a ver com a realidade. Desmitificamos os principais.
1. Só afeta os homens
Em Portugal, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte feminina. Embora o homem seja mais afetado em qualquer idade, a mulher fica vulnerável após a menopausa. As doenças do coração no feminino surgem mais tarde. Esteja alerta.
2. Beber vinho todos os dias faz bem
O vinho tinto é rico em polifenóis e resveratrol, o que tem benefícios, mas apenas com moderação: um copo por dia. Em excesso ou de forma regular, o consumo de álcool potencia o estreitamento das artérias, as arritmias e o risco cardiovascular.
3. Sem dor forte no peito não há enfarte É certo que a pressão, dor ou a sensação de aperto no peito é o sinal mais associado ao enfarte, mas não é obrigatório. Outros sintomas, por vezes mais subtis, podem indiciar o problema e devem ser levados a sério, como o desconforto nos braços, pescoço ou estômago, falta de fôlego, náuseas, vómitos ou suores frios. Em caso de suspeita ligue o 112.
4. Ainda sou muito novo
Embora sejam patologias mais comuns após os 60 anos, a ideia de que os mais jovens estão imunes é um mito. Os hábitos de vida ditam a saúde do coração. Diabetes de tipo II, colesterol elevado ou obesidade surgem cada vez mais cedo e aumentam o risco. Aposte na vida saudável: alimentação, exercício, menos stress.
5. Praticar desporto prejudica o coração
O exercício físico eleva o ritmo cardíaco é certo, mas melhora o colesterol e a tensão arterial. O coração é um músculo e como tal deve ser exercitado. Não há idade certa para começar, a regra é praticar gradualmente, diversificar e adaptar o tipo de exercício à condição física. Se tem doença cardíaca fale com o médico.
6. Fumo há muitos anos, não adianta parar
Nunca é tarde para apagar o cigarro. O tabaco é um fator de risco importante para doenças como o AVC ou o enfarte, uma vez que leva ao endurecimento das artérias (aterosclerose). Cada dia sem fumar soma vantagens: Ao fim de dois anos sem tabagismo o risco cardiovascular iguala o do não fumador.
7. Se é um problema de família, não há nada a fazer A história familiar é um fator de risco e, apesar de não poder mudar os genes há muito que pode fazer para afastar este perigo. Informe o seu médico, vigie a saúde – tensão arterial, colesterol, glicemia – e siga um plano amigo do coração. Bastam alguns passos simples para ter uma vida saudável.
8. Sexo é perigoso para o coração
O ato sexual promove o aumento da frequência cardíaca tal como o exercício moderado, por isso é permitido e até recomendado. Caso tenha doença cardíaca não estabilizada ou esteja em fase de recuperação siga as orientações do seu médico.
Os benefícios dos suplementos vitamínicos na prevenção de doenças cardiovasculares não está comprovado, alerta a American Heart Association. O organismo absorve melhor as vitaminas e minerais dos alimentos, por isso aposte numa dieta variada rica em fruta e vegetais.