2017.06.12

Cancro da pele: 7 conselhos para o prevenir

Estima-se que em 2017 surjam 12 mil novos casos de cancro de pele, em Portugal, segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. Ter a pele clara aumenta o risco, mas ninguém está imune a este problema. A pele é o maior órgão do corpo, o mais exposto e com memória, ou seja, regista todas as agressões a que é sujeita. A ação nociva do sol é cumulativa e, sobretudo após os 50 anos, traduz-se em cancro cutâneo. A boa notícia é que a doença pode ser prevenida e tratada com sucesso se detetada precocemente. Apresentamos 7 medidas para manter a pele fora de perigo.

Proteger sempre

São conhecidos os riscos do sol na praia, mas é a falta de precaução no dia a dia que agrava o problema. A exposição solar na cidade, quando conduz o carro ou está ao ar livre lesa a pele. As pessoas com tez clara, sardas ou bastantes sinais (ter mais de 50 nevos, vulgarmente designados como sinais, é um fator de risco, segundo a Associação do Cancro Cutâneo) devem ter cuidados redobrados.

Tome nota No rosto, mãos e decote aplique creme com um índice SPF de proteção solar mínimo de 30 (alguns hidratantes já contém). Se pratica desporto ao ar livre, reforce a proteção com chapéu, t-shirt ou manga comprida.

Preparar-se bem para a praia

É quando veste o fato de banho, ainda em casa, que deve espalhar o creme protetor no corpo. Um gesto essencial até em dias nublados, propensos a escaldões. A regra é evitar a exposição solar direta, entre as 12 e as 16 horas e, no caso das crianças ou pessoas de pele mais clara, idealmente entre as 11 e as 17 horas, recomenda a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia. Ficar à sombra não basta já que a água e areia refletem os raios.

Tome nota: Renove a aplicação do creme a cada duas horas, mesmo se usa protetor solar à prova de água.

Vigiar cada centímetro

A deteção precoce é vital no cancro da pele e para isso tem de conhecer o seu corpo. A cada dois meses faça uma cuidadosa inspeção às várias zonas do corpo para observar eventuais alterações ou novos sinais. Diante de um espelho que permita ver todo o corpo e munido de um espelho de mão analise a sua pele e certifique-se de que nenhum sinal alterou a sua forma, cor ou dimensão. Em caso de dúvida, consulte o médico ou dermatologista, com brevidade.

Tome nota: Algumas lesões podem se indício de cancro e devem ser avaliadas ou removidas antes que evoluam. Faça um rastreio regular.

Vestir-se a rigor

Seja para praticar desporto, trabalhar ou desfrutar do ar livre, aquilo que veste é determinante para a saúde cutânea. O uso de chapéu é obrigatório (se for boné reforce o protetor no pescoço e orelhas) e a roupa pode ajudar a minimizar o impacto dos raios. Peças menos porosas e em tons escuros oferecem maior proteção, indica a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.

Tome nota: Usar uma t-shirt molhada não protege dos raios solares. O vestuário desportivo ou de praia com proteção anti-UV é uma boa opção.

Atenção às zonas sensíveis

Lábios, rosto, orelhas, pescoço, mãos ou pés são partes muitas vezes esquecidas mas alvos fáceis para os raios de sol. Estima-se que o melanoma, o tipo de cancro de pele mais perigoso e de rápida evolução, atinge sobretudo as zonas do peito e das pernas. Também os olhos devem ser protegidos com o uso de óculos com lentes anti-UV, sobretudo se são claros.

Tome nota: Prefira cremes protetores solares com um índice mínimo de 30 e que incluam proteção Anti UVA e UVB.

Evitar práticas arriscadas

Frequentar solários não está recomendado. Esta prática é prejudicial para a sua pele pois os raios UV podem aumentar o risco de cancro cutâneo e, além disso, estes raios diretos aceleram o envelhecimento da pele.

No pico do verão e do calor deve, também, optar por fazer as atividades ar livre (correr, piqueniques, etc) durante a manhã ou ao final da tarde. O horário vermelho (12h – 16h) não se aplica só na praia mas sim para todas as atividades que possam expô-lo ao sol.

Tome nota: O uso de perfume sobre a pele pode levar a danos ou manchas da pele devido ao sol. Coloque-o sobre a roupa.

Medir a resistência

Determinados procedimentos médicos e medicamentos podem aumentar a sensibilidade à luz e o risco de lesões ou reações alérgicas com a exposição solar. É o caso de tratamentos oncológicos e de alguns antibióticos, anti-inflamatório ou anti-hipertensores. Informe-se com o seu médico.

Tome nota: Para saber os níveis de ultravioleta de cada dia em Portugal e os cuidados a ter, consulte o mapa dinâmico em www.ipma.pt/pt/ambiente/uv

O cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente no mundo. Pode ser tratado com sucesso se detetado precocemente. Cuide da sua pele.


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