Cancro da mama: esteja atento

Atualizado a 28 fevereiro 2019

É o segundo tipo de cancro que mais afeta as mulheres, sendo apenas ultrapassado pelo cancro da pele. Em Portugal, de acordo com dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), são detetados, anualmente, 6 mil novos casos de cancro da mama, sendo que apenas um por cento acontece nos homens.

Apesar destes números, a sobrevivência a este carcinoma é, regra geral, elevada, avança o Cancer Research UK. Porém, tudo depende de fatores, como o tipo de cancro da mama, o tratamento e estadiamento da doença. É por isso que deve estar atento a sinais desta patologia e fazer os devidos exames complementares necessários para a deteção precoce deste cancro.

Porque aparece?

As causas exatas para o aparecimento do cancro da mama ainda não são conhecidas. Contudo, os especialistas apontam alguns fatores de risco, como alerta a Liga Portuguesa Contra o Cancro:

Idade: A probabilidade de se ter este carcinoma aumenta consoante a idade, acabando por ser menos comum antes da menopausa.
Histórico familiar: Se já tiver havido episódios de cancro da mama na família, especialmente em idades jovens (antes dos 40).
Histórico pessoal: Mulheres que já tenham passado por esta doença têm um risco elevado de voltar a desenvolvê-la na mesma mama ou na outra.
Gravidez tardia: Quando a primeira gravidez acontece depois dos 31 anos.
Menstruação longa: Mulheres que tiveram a primeira menstruação precocemente (antes dos 12 anos) e a menopausa tardiamente (após os 55 anos) ou que nunca tiveram filhos.

Raça: O cancro da mama ocorre mais frequentemente em mulheres caucasianas (branca) quando comparado com as latinas, asiáticas ou afro-americanas.
Terapêutica hormonal de substituição: Mulheres que fazem este tipo de terapia para a menopausa (apenas com estrogénio ou estrogénio e progesterona) durante 5 ou mais anos.
Radioterapia: O tratamento com recurso a esta terapia na zona do peito durante a infância ou adolescência, para tratamento de outros cancros como linfomas, aumenta o risco de desenvolver cancro da mama na idade adulta.
Densidade mamária: Mulheres mais velhas que apresentem tecido denso (não gordo) numa mamografia têm um risco aumentado.
Obesidade: Quando se sofre da doença depois da menopausa.
Inatividade física: Ser fisicamente inativo durante a vida.
Consumo de bebidas alcoólicas: Alguns estudos têm sugerido haver relação entre a ingestão de bebidas alcoólicas e o risco aumentado de vir a ter cancro da mama.

Cancro da mama

O que deve saber: dos sintomas ao tratamento.

Ler o guia de saúde

Como o prevenir?

O cancro da mama pode surgir por uma determinação genética, quando se é portador de determinados genes, ou devido ao estilo de vida. Por isso, neste último caso, é possível reduzir o seu risco com pequenas alterações no quotidiano.

Assim, ter um estilo de vida saudável (alimentação equilibrada e diversificada — seguir uma dieta mediterrânica e praticar exercício físico regularmente) é importante para que o risco de desenvolver cancro da mama diminua.

Evitar o excesso de peso; não ingerir mais do que uma bebida alcoólica por dia e, nos casos das mulheres pós-menopausa, limitar a toma de hormonoterapia são também outras estratégias a adotar que podem diminuir as possibilidades de o desenvolver.

Detetar o cancro da mama

Realizar o rastreio do cancro da mama, mesmo sem apresentar qualquer sintoma, é essencial para que este possa ser diagnosticado precocemente. Até porque a deteção precoce é o fator que confere uma probabilidade de cura maior.

Para esta deteção precoce, a LPCC recomenda que as mulheres com 40 ou mais anos realizem anualmente ou a cada 2 anos uma mamografia. Já aquelas que apresentam maior risco (relativamente à média) de ter cancro da mama, devem falar com o seu médico sobre fazer uma mamografia antes dos 40 anos e saber a frequência para as seguintes.

Existem ainda outros exames médicos que permitem diagnosticar este cancro, como a ecografia mamária, a ressonância magnética ou a biopsia, os quais são realizados apenas se o médico achar relevante a sua execução.

Autoexame

Além do diagnóstico médico, é essencial estar atenta aos sinais de alarme em casa, sendo assim preponderante conhecer a própria mama, de modo a identificar algo que não seja comum. Por isso, é recomendável que todas as mulheres saibam autoexaminar as suas mamas.

É recomendável que o autoexame da mama seja feito em três posições:

Frente ao espelho: Deve observar as mamas com os braços caídos ao longo do corpo, com os braços atrás da nuca e com as mãos na cintura. Nestes três momentos, deve ter em atenção a pele da mama (como rugosidades ou alterações da cor) e a existência de alguma saliência ou concavidade. Deve ainda ter o cuidado de perceber se sai líquido do mamilo, bem como o aspeto do mesmo.
Palpação em pé: Deve ser realizada no banho, com as mãos ensaboadas, para um melhor deslizar dos dedos. Para fazer a palpação da mama esquerda, deve colocar o braço esquerdo atrás da cabeça e apalpar toda a mama com os dedos indicadores, médio e anelar. Para a mama direita, deve repetir os procedimentos, mas com o braço direito.
Palpação deitada: Os passos para esta palpação são os mesmos do que a que é feita em pé. A única diferença reside na posição em que é feita: deitada.

Fontes utilizadas:
LigaContraCancro.pt | CancerResearchUK.org | OncoMais.pt | MayoClinic.org

Partilhar nas redes sociais

Pode também ler

Ver mais artigos

O meu Seguro de Saúde está aqui

App Médis: o seu Serviço Pessoal de Saúde sempre consigo.

Cancro da mama: esteja atento

Cancro da mama

O que deve saber: dos sintomas ao tratamento.

Atualize os seus dados

Atualize os seus

dados